11 de abril, 2025
Descobre como minimizar a vulnerabilidade em caso de sismo e as diferenças entre desastres naturais e fenómenos naturais.
Gerado pela Frigideira
Há uma ideia comum de que pequenos sismos podem "libertar" a pressão acumulada nas falhas geológicas, evitando assim um grande sismo. No entanto, essa percepção não corresponde à realidade.
Os sismos ocorrem devido à acumulação de tensão nas falhas, que acaba por se libertar de forma repentina. Embora pequenos sismos sejam sinais da movimentação tectónica, eles não têm uma relação direta ou preventiva sobre a ocorrência futura de um grande sismo.
A dinâmica das falhas e a mecânica envolvida são complexas, e prever quando ocorrerá um grande sismo baseando-se apenas em eventos menores não é possível. A preparação para sismos, em todas as escalas, é essencial para minimizar riscos e danos, sem contar com mitos ou crenças populares.
Falhas geológicas são fraturas na superfície terrestre onde ocorreram deslocamentos dos blocos rochosos adjacentes. Estes deslocamentos não são fáceis devido à fricção existente nos planos de falha, o que evita a movimentação imediata dos blocos.
Ao longo do tempo, a tensão acumula-se devido ao movimento das placas tectónicas. As falhas geológicas, por vezes, resistem ao movimento por anos, até que a tensão acumulada excede o limite da fricção. Quando isso ocorre, a energia armazenada é libertada de forma brusca, resultando num sismo.
Este fenómeno é comparável a dois blocos que deslizam repentinamente um sobre o outro, gerando ondas sísmicas. Estas ondas são sentidas como tremores na superfície, representando um perigo natural para os humanos. A compreensão das falhas geológicas e da mecânica envolvida é vital para a preparação para sismos e para mitigar riscos associados aos desastres naturais.
Compreender o comportamento das placas ajuda a prever e mitigar os impactos dos desastres naturais associados aos sismos.
Fenómenos naturais são eventos que ocorrem devido a processos geológicos, como sismos, erupções vulcânicas e furacões. Estes eventos fazem parte da dinâmica da Terra e acontecem independentemente da presença humana.
No entanto, quando um fenómeno natural impacta humanos e causa danos significativos, ele transforma-se num desastre natural. Por exemplo, um sismo numa área desabitada pode não ser considerado um desastre. Mas, se ocorrer numa zona densamente povoada, ele poderá provocar perdas humanas e materiais consideráveis.
Compreender esta diferença é crucial para a abordagem de estratégias de preparação para sismos e outros riscos. A preparação e resposta eficazes podem diminuir bastante os efeitos de futuros desastres naturais. Para saber mais sobre como garantir segurança em eventos extremos, podes explorar episódios relevantes no Bitalk.
Portugal ainda enfrenta desafios significativos quando se trata de preparação para sismos de grande magnitude. Infelizmente, o país não está no mesmo nível de prontidão visto em nações como o Japão e o Chile, que possuem uma estrutura avançada para lidar com eventos sísmicos.
O Japão e o Chile aprendem continuamente com experiências passadas e incorporam avanços em tecnologia sísmica. Isto inclui construções resistentes a sismos e sistemas de alerta precoce que salvam vidas e minimizam danos materiais.
Em contraste, Portugal precisa investir mais em infraestrutura e sensibilização pública para atingir um grau semelhante de preparação. Por enquanto, a melhor proteção continua a ser a prevenção e a educação sobre riscos sísmicos e segurança sísmica.