date icon

23 de outubro, 2024

É O FIM DA MARINHA COMO A CONHECEMOS? c/ Almirante Gouveia e Melo

Descobre como a Marinha Portuguesa está a adotar drones e robótica para otimizar operações e garantir a soberania marítima.

frigideira ai

Gerado pela Frigideira

Como a Marinha está a usar drones para vigilância?

A revolução tecnológica na Marinha Portuguesa está a dar passos largos com a integração de drones nas operações de vigilância. Estes dispositivos trazem uma nova dimensão à forma como se monitorizam os vastos mares portugueses.

  • Cobertura ampliada: Os drones permitem uma cobertura 20 vezes superior em comparação com os sensores tradicionais dos navios, ampliando significativamente a área de vigilância.
  • Eficiência de Recursos: A utilização de drones requer menos pessoal e recursos, reduzindo assim o consumo energético e os custos associados à manobra de grandes embarcações.
  • Reação Rápida: Estas tecnologias possibilitam a deteção e seguimento de fenómenos em grandes áreas, facilitando uma intervenção eficaz sem a necessidade imediata de um navio no local.
  • Decisões Estratégicas: Com o ganho de dados em tempo real, a Marinha pode decidir se intervém diretamente com navios ou se soluciona à distância, otimizando recursos.

Para além desta inovação, o papel da Marinha Portuguesa no desenvolvimento marítimo tem-se evidenciado na colaboração com entidades privadas e públicas, como se pode ver neste artigo.

Qual é o papel das ilhas artificiais na estratégia marítima?

As ilhas artificiais estão a ganhar protagonismo na estratégia marítima de Portugal. Servem como plataformas multifuncionais no oceano, contribuindo para a exploração e ocupação de espaços marítimos.

  • Susceptíveis a Investimento Privado: Estas ilhas podem atrair investimento privado, dada a sua utilização comercial em plataformas offshore eólicas, por exemplo.
  • Ocupação Multifuncional: Além de gerarem energia, são vistas como hubs para diversas operativas – desde vigilância até à exploração de recursos.
  • Avanço Geopolítico: A presença de ilhas artificiais pode fortalecer a soberania marítima, alargando a influência geoestratégica de Portugal nas suas águas.

Estas plataformas não são apenas um projeto futuro; representam um primeiro passo na "ocupação" do mar. Com o envolvimento adequado de entidades privadas e públicas, Portugal pode consolidar a sua posição como líder na revolução tecnológica na Marinha Portuguesa.

Quais são os desafios da Marinha com recursos limitados?

A Marinha Portuguesa enfrenta desafios significativos devido a restrições orçamentais, mas a tecnologia poderá ser a chave para superá-los:

  • Envelhecimento de plataformas: Muitas embarcações estão obsoletas e exigem substituição urgente.
  • Recursos limitados: Manter operações eficazes com orçamentos reduzidos é uma tarefa árdua.
  • Necessidade de modernização: A revolução tecnológica na Marinha Portuguesa é essencial para aumentar a eficácia, como se observa no esforço de robotização naval.

Para enfrentar estes desafios, a aposta na tecnologia de drones e na robotização pode proporcionar melhor vigilância e controlo com menos custos, maximizando a soberania marítima de Portugal. Estas inovações são cruciais para proteger os espaços marítimos e garantir a presença efetiva com um investimento otimizado.

Como a economia do mar pode impactar a soberania de Portugal?

A exploração marítima é crucial para a soberania de Portugal. Na conversa com o Almirante Gouveia e Melo, ele realça a importância do mar para a independência geopolítica do país. "Se perdêssemos os Açores, o arquipélago dos Açores, Portugal perdia puro sangue," sublinha, destacando a relevância dos arquipélagos para o posicionamento estratégico.

Para o Almirante, o mar é uma oportunidade que Portugal não pode desperdiçar. Ele acredita que a CPLP, uma "joia" nas palavras dele, tem um potencial gigantesco que ainda não foi totalmente explorado. "Temos que saber alavancar isso," refere, mostrando a visão otimista sobre o papel do mar na economia e política.

A integração do espaço marítimo na estratégia nacional pode evitar que o país se torne "uma pequena região de uma outra grande região." Para explorar mais sobre o papel marítimo de Portugal, recomendamos a leitura sobre o desenvolvimento marítimo da Marinha.

Qual é a relação entre a exploração marítima e espacial?

A exploração marítima e espacial são campos de inovação fascinantes, mas apresentam diferenças marcantes em termos de custo e potencial.

  • Custos Operacionais: Deslocar material e tecnologia para o mar é significativamente mais económico do que enviá-los para o espaço.
  • Produção e Valor: Os benefícios tangíveis que se podem obter dos oceanos são consideraveis, por exemplo, a extração de energia e exploração de recursos.
  • Vantagem Económica: O mar oferece uma relação custo-benefício mais favorável comparado à exploração espacial, essencialmente pela menor complexidade logística.

O Almirante Gouveia e Melo destacou que, embora o espaço tenha apelo científico, as oportunidades económicas energéticas no mar são imediatas e significativas. Para os empresários, a prioridade lógica é o mar, dado o menor custo e o enorme potencial de retorno. Por isso, a revolução tecnológica na Marinha Portuguesa e a aposta no mar são estratégias economicamente viáveis que não devem ser subestimadas.

Questões Frequentes